Pistas Coloridas


Toda palavra que escrevia em papel ganhava vida e desprendia-se – saltava para a realidade. Assim pôde criar um mundo inteiro para guardar fantasias todas que eram as suas.

Exagerava nas cores desse mundo. Exagerava – em números e em qualidades – nas borboletas que descrevia – sabia que elas iriam espalhar-se pelos mundos todos que existiam. Queria que elas lhe trouxessem companhia.

Um dia, alguém – que cantava cores que coloriam ares – seguiu uma das borboletas até deparar-se com o encantamento daquele mundo. Quis viver ali também. Então, quem criou aquele mundo deixou que esse alguém entrasse como se o mundo que criara fosse dele também. E acabou sendo mesmo, porque agora é um mundo cheio de asas desenhadas e cores espalhadas por toda parte, cores nas quais ambos aqueles seres mágicos fazem questão de se sujar inteiros...